Como eu via as mães no mercado com seus filhos birrentos
bomboclaat??
— ❥ gαbi⁷ ツ #koo (@taehyshook) March 15, 2020
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Isso é polêmico, minha gente!
Quando a gente não tem filhos é fácil julgar. Na realidade, é muito fácil julgar qualquer coisa. Sabe o que eu descobri depois que eu me tornei mãe?
A gente cobra demais das pessoas, a gente se cobra demais, a gente cobra demais das crianças. Nós adultos quando somos frustrados, certamente não ficamos felizes, mas sabemos lidar com emoções. Agora, uma criança que está aprendendo a lidar com tudo, a gente cobrar que ela entenda, é pedir muito. Eu sei que é chato pra caramba ouvir as crianças fazendo birra. Eu tenho um filho que acabou de fazer 6 anos, eu sei como é. Felizmente ele não faz birra querendo nada no supermercado, mas não é perfeito, eu não sou, o pai dele também não é. Tem hora que a criança age como criança e nós pais simplesmente temos vergonha por isso. Mas sabe o quê? Nós não deveríamos sentir vergonha. Eles estão aprendendo. Estão aprendendo a viver, a se comportar, a se importar com as coisas, a não se importar com as coisas. Sabe? Nós nunca deveríamos nos sentir envergonhados por aprender qualquer coisa. E a vida é isso, é aprender, é evoluir. Ninguém evolui sem aprender.
Quando me tornei mãe vi que a maneira que eu tinha pensado em criar meu filho estava errada. Talvez a maneira que eu estou criando esteja errada também. Eu não sei, isso me assusta às vezes. Não saber se estou fazendo o certo para a pessoa que eu mais me doo, me assusta muito. Mas eu não creio que eu esteja errando por dar mais amor, não creio que eu esteja errando por dar a minha melhor versão para ele, não creio que eu esteja errando por se colocar no lugar dele.
Quando eu ouvia o famoso clichê: “Você só conhece o amor verdadeiro quando você se torna mãe”. Eu certamente não imaginava que algumas coisas sobre o que eu achava que sabia mudaria. Eu achava que uns tabefes resolveriam algumas situações, depois que eu me tornei mãe, eu certamente não penso assim.
A vida é curta demais para deixarmos marcas ruins nas pessoas. Eu quero deixar a minha melhor versão para as pessoas que verdadeiramente me conheceram.
Eu quero ser lembrada com amor. Quando meu filho se lembrar de mim, eu espero que ele se lembre das coisas boas. Que ele se lembre da minha melhor versão. Que ele se lembre das nossas conversas nos dias difíceis e das nossas risadas nos dias bons. Depois de alguns problemas que eu passei por aqui, que na verdade foram vários. Eu aprendi a cobrar menos de mim e cobrar menos de qualquer outra pessoa. Na realidade o que as outras pessoas pensam deixou de ter importância para mim. Não que eu não me importe com a pessoa, não é isso. Eu só não quero me importar com o que ela pensa sobre mim. Não foi fácil, isso é bem verdade. Porque no fundo a gente quer a aprovação dos outros. Mas com o tempo a aprovação dos outros já não faz mais sentido. Não preciso que ninguém aprove ou desaprove o que eu faço. Hoje, depois de ter um filho, depois de ser mãe e passar por tanta coisa que talvez eu nunca saiba contar. Eu sei olhar para uma mãe com outros olhos. Aprendi o significado de empatia. Aprendi na prática como o olhar julgador de uma outra mãe ou pai mexe com a gente. Aprendi a me colocar no lugar da mãe e aprendi a me colocar no lugar do filho. Na verdade tô aprendendo ainda, mas já é um bom começo, não é mesmo?
Um dia desses eu vi uma mãe passando por uma situação que eu tinha passado e soube exatamente o que fazer com aquela mãe. Eu cheguei perto dela e falei: Vai ficar tudo bem, o meu também era assim. Eu passei por isso. Sério! Eu pude ver gratidão no olhar daquela mãe. Na hora do desespero o que a gente menos precisa é de gente julgando a gente. A gente tem que rever nossos conceitos. A gente precisa melhorar todos os dias.
Hoje em dia eu não quero mais nada, eu não espero mais nada de ninguém. Eu só ando querendo paz mesmo.
Eu nem sei o motivo desse textão. Eu só ia comentar sobre esse meme que eu encontrei no Twitter, mas o que acabou saindo foi isso.